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Transformando serviços informais de refrigeração em um negócio de sucesso

Para Tatiana Cabral Nogueira, a inspiração para empreender veio do marido. Acompanhando os trabalhos do companheiro de perto, ela percebeu que poderia transformar esse potencial em um negócio e decidiu investir na ideia. Desde 2017, eles comandam a Maquino e Frio MS – uma empresa especializada na prestação de serviços comerciais e domiciliares de instalação e manutenção de aparelhos de refrigeração.

“Eu trabalhava na SEJUSP e resolvi sair do meu serviço para poder ajudar o meu esposo nessa área. Realmente vesti a camisa e fui trabalhar. Muitas vezes, falavam até que eu era ‘praticamente um homem’, já que eu trabalhava tanto na limpeza de um ar condicionado, quanto na construção de uma máquina frigorífica”, conta Tatiana.

Construindo conhecimentos

No começo, o casal tinha a mão de obra e o sonho, mas isso não era o suficiente para abrir o próprio negócio.

Por isso desde o início o Sebrae faz parte dessa trajetória. “O Sebrae nos ajudou com às coisas mais básicas, como a abertura do CNPJ. Com o Sebrae, tive noção de como tudo funcionava. Não era só abrir o MEI e pagar o boleto mensalmente. Era abrir a empresa, fazer ela funcionar adequadamente e ter uma constante evolução. Como nós ainda trabalhamos com máquinas e ferramentas relacionadas à tecnologia, sempre precisamos buscar conhecimento para ter mais experiência nesse ramo”, afirma.

A participação no programa Mulher de Negócios foi outro marco importante na vida pessoal e profissional de Tatiana.

Não foram só a divulgação, a participação nas redes sociais e as vendas que foram impulsionadas: a organização interna da empresa melhorou significativamente após as consultorias do Sebrae.

“Como a gente trabalhava de forma independente, às vezes ficava dias, semanas sem um serviço. Hoje a gente tem uma agenda, um planejamento. Nossa rotina começa às 6h30, de segunda a sábado. A gente visita, elabora orçamentos, desenvolve projetos… A gente aprendeu como procurar, como trabalhar, como divulgar. Hoje a gente tem um ritmo de uma empresa, mesmo, que antes a gente não tinha”.

Caminhando juntos

“Já sofri preconceito por ser mulher, mãe e esposa. Muitas vezes eu ainda faço o trabalho braçal, de levantar peso e fazer um serviço que um homem faria. Geralmente, uso boné, calça, botina e equipamentos de proteção individual mais masculinizados, e por encarar essa realidade, as pessoas me olham diferente”. Apesar dessas situações, o apoio da família é a base e principal motivação da empresária.

“Ao mesmo tempo que eu tenho esse trabalho mais pesado, tenho a minha filha que é a minha grande realização. Hoje, a minha família aprende muito com o que eu faço, com o que eu falo. Essa é uma conquista minha e do meu esposo, que sempre esteve ali para me apoiar, às vezes até abrindo mão de serviços para ficar com a nossa filha enquanto eu estudava. São eles quem me deram e me dão forças para encarar tudo que eu tenho dificuldade em realizar”, finaliza.

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